Skip to main content

Lipedema: falou-se na importância da divulgação da informação na comunidade médica.

Ontem, 4 de novembro, foi um dia cheio de emoções, informação e conhecimento no 2nd Congresso Internacional Lipedema em Portugal.

Logo no início do congresso, .

É uma doença visível e progressiva, mas muito incompreendida! Muito confundida com obesidade e é vista como “desleixo” do portador da mesma. Sem tratamento e controle da progressão, pode levar a problemas graves vasculares e de mobilidade.

Dietas restritivas e exercício físico não reduzem a gordura Lipedema, mas ontem aprendemos que a maioria das portadoras da doença têm síndrome do intestino irritável e a eliminação do glúten, lactose, redução açúcares refinados e um dieta anti-inflamatória cetogênica têm um papel muito influente em abrandar a evolução da doença, assim como o exercício físico aeróbico, de preferência em meio aquático.

Para reduzir a gordura já instalada, atualmente só com intervenções cirúrgicas, que ainda são consideradas como tratamentos estéticos e não de saúde. É uma gordura que causa dor, principalmente em zonas como a parte inferior da perna, porque interfere na circulação venosa e linfática.

Falou-se na importância da divulgação da informação na comunidade médica. Atualmente, as pacientes com Lipedema estão mais bem informadas que os médicos nos hábitos que precisam adotar no dia-a-dia!

É preciso melhorar essa tendência. Não é suposto um paciente saber mais do que um médico, mas tem de haver uma abertura de diálogo maior entre ambos.

A especialidade médica habilitada para o diagnóstico é a cirurgia vascular mas, num momento que foi concedido à plateia contribuir na discussão, apresentei a sugestão para que o Lipedema seja também divulgado junto da Ginecologia, devido à prevalência na sociedade feminina (isto num primeiro passo, pois o ideal seria também na medicina geral e familiar). É fulcral incluir na formação de ambas as especificidades, pois mesmo ao nível da cirurgia vascular são poucos os profissionais conhecedores da patologia.

Um diagnóstico, o mais cedo possível no estágio inicial na doença, ajuda na atuação mais imediata para parar a progressão e reduz a necessidade de tratamentos cirúrgicos invasivos e dispendiosos. Nesta fase suportados pelo paciente, mas de futuro para o sistema nacional de saúde e seguradoras, pelo que é um benefício global para todos.

Emanuela Ezequiel

MATERIAL DE APOIO: